Era uma vez: Ana…

As paixões quando chegam, nos levam! E quando nos deixam, se nos deixam, deixam as marcas.

Ana foi assim.

Esta é a primeira cena criada com teatro de objetos. Outras virão. Um vasto campo se abre.

Todos os personagens citados nesta história são fictícios. Ou não.

Improviso à dois

Eu, que pouco sei de acordeon, e muito tenho a estudar. A Fê, que muito sabe de dança, e que muito indecisa estava. Eu, que queria experimentar a relação do som com o movimento. O movimento do “músico” que dispara o som, e o movimento do corpo que dança. O som do intrumento que toca e da bailarina que se movimenta. A Fê, ainda indecisa, abraçou minha idéia. Eu, ainda indeciso, abracei o acordeon. Ela se abriu para o espaço. O público presente. Todos dispostos ao improviso.

E das vontades e indecisões destes corpos humanos se fez esta cena.

A dança de quem é boneca só

Em meados de julho, Genifer propos a criação de uma cena com uma boneca. Este é o resultado de um processo, que juntou a já referida, mais Diego Esteves, Fernanda Stein, Mariana Brandão, Paulo Guimarães e Tiago Rinaldi, ao som de La edad del cielo.
Calma,
todo está en calma,
deja que el beso dure,
deja que el tiempo cure,
deja que el alma
tenga la misma edad
que la edad del cielo.

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Encuentros: sapateado e malabarismo

Sapateado de Dani e Juliana, malabarismo de Diego.

Fica a vontade de ir mais fundo na proposta. O jogo entre o ritmo do sapateado e os lançamentos do malabarismo, seguido do silêncio junto aos equilíbrios em contato, é convidativo para outras explorações. A proposta porém era mais intensiva. Fica o estímulo para seguir os estudos de ritmos com o malabarismo e daí por diante. Coisas já postas em prática no espetáculo Gestos e Restos e que seguem para futuras experimentações.

Encuentros: solo

As idéias foram surgindo na reunião que antecedeu ao encuentro. Sugeri inserir algo de dança contemporânea, fragmentos de um solo ainda em criação. Em contrapartida, os anfitriões me ofertaram uma de suas músicas.

A inserção de movimentos oriundos de um espaço de criação, em outro de realização, diferentes entre si, provoca diferenciação em sua materia. Quero dizer, não havia a certeza da disposição de espaço, nem do efeito deste movimentos junto à música proposta. Menos mal que um circense já está acostumado com variações espaciais de todo tipo. E, especialmente neste caso, elas eram muito bem vindas, pois estavam alinhadas com a proposta.

Encuentros: minha cabeça

Fomos convidados, assim como a Boraimbolá, para participar do projeto Encuntros da Del Puerto Cia de Flamenco. Uma das cenas que surgiram deste encontro foi esta: uma performance de malabarismo de contato, ao som da música Minha cabeça da Boraimbolá, com a participação dos músicos da casa.

Um jogo aberto, um vai-e-vem entre música, músicos, o malabarista e o público. Um potente momento, uma boa noite. Sensações que só um projeto que se permite esta “cena aberta” é capaz de proporcionar.