Saiu a programação do Caxias em Cena!
O Coisarada está lá, no dia 15 de setembro!
Registros das ações, eventos, viagens, e demais deslocamentos…
Ueba!!! O espetáculo ‘Coisarada’ está no 15º Caxias em Cena – Festival de Artes Cênicas.
Estamos muito felizes! A apresentação será no dia 15 de setembro, às 14h, na lona dos grupos Boa Companhia e Matula Teatro de SP. E, no dia 16, às 9h3o, acontece um encontro com debate sobre circo e teatro, também no mesmo local. Vamos!
Fotografia: Adriana Marchiori
Boa tarde! 🙂
Publiquei, sob o mesmo título, no meu blog pessoal, sobre o Desdobramentos. Não farei aqui, então, menção ao processo de gestão coletiva e produção deste projeto, que foi a pauta daquele texto. Mas quero fazer referência – e reverência, ao processo artístico. Não ao processo específico do Desdobramentos, mas dos procedimentos mais básico da arte, de todas as artes: a criação: estudos, experimentos, testes, negações, recomeços, refazimentos…
Com o desenvolvimento de um mercado da arte, ou de uma economia criativa, com a criação de editais, de incentivo fiscal, de leis de fomento, etc, ganhamos em estrutura, mas criamos um circulo vicioso onde o principal perigo é a mudança nos procedimentos artísticos, sobretudo na perspectiva temporal e de aprofundamento de conteúdo, de pesquisa de material. O tempo não é mais o da pesquisa, é o do edital, do relatório… A importância não está mais em amadurecer a obra, mas em finaliza-lá e criar outra, para o próximo edital… E a plateia está inserida no item “retorno de interesse público”, como um número – e deixa de ser o outro com o qual nos encontramos, com quem compartilhamos as mazelas ou bonitezas da vida, através da arte..
O Desdobramentos não é uma mostra de processo (muito menos um work in process!), ele é um compartilhamento com o outro (do ensaio, da plateia), um estar (em ensaio, em cena) no meio de algo, sem estar preocupado com a conclusão, mas experimentar as possibilidades, e ter tempo de treinar as técnicas – pois sim, fazer arte é também treinar, e é preciso tempo para repetir, e repetindo se aperfeiçoar.
Muito se abandona nesse processo, e coisas surgem de onde menos se espera, e de onde se espera, por vezes, nada surge. É preciso ter tempo…
Em 02 de junho tivemos a primeira edição do Desdobramentos e daqui uma semana, no dia 27, estaremos com a segunda edição. Cada uma delas é diferente, pois estamos no meio de criações diferentes, ou em outros meios das mesmas criações. E coisas vão se desdobrando em outras, e nós vamos nos desdobrando em nós mesmos, com outros, enfim.
Terças, quintas e sábados, lá estamos eu, Fernanda Boff e muitos corajosos enfrentando o inverno porto-alegrense nas oficinas de Arte Circense para adultos e crianças. Chega mais.
Começou ontem o IV Festival Dançapontocom, que está com uma programação super intensa, vale a pena conferir!
E o NECITRA não ficou de fora dessa… Duas pesquisas impulsionadas pelo projeto Desdobramentos estarão representando o núcleo no festival dia 30/06, no Teatro Renascença. São elas:
O COLECIONADOR DE ASSINATURAS, de Fernando Faleiro (após o Debate das 16h)
INQUIETAÇÕES, de Carol Mendes e Ramon Ortiz (na Mostra Coreográfica, 18h).
Créditos fotografias: Danny Bittencourt, Carla Diniz e Rossana Sofia de Freitas
Projetos, para mim, tem funções primordiais na vida, cito:
1- Projetar, no sentido de lançar ao longe, vislumbrar uma possibilidade futura, medir o tamanho da vida a médio e longo prazo (junto a isso, vem o planejamento!);
2- Romper a tendência a inércia, a apatia, a estagnação: como o sagitariano que lança a flecha e depois fica correndo atrás (só tomo cuidado para não me perder neste intermeio entre a partida e o ponto de chegada da flecha, de ser consistente no caminho);
3- Criar! O projeto é uma criação, e é aí que pulsa a vida, onde fica latente a potência de viver: o projeto é uma escolha minha, eu posso ser pretensioso, ou medíocre.
4- O projeto agrega, o projeto junta, une pessoas. Criar projetos coletivos coloca um todo em prol de um objetivo, promovendo assim coesão em trabalhos colaborativos.
5- Projetos nos potencializam, não mais especificamente pela sua realização, mas pelo processo: projetamos algo, planejamos os procedimentos, administramos as escolhas, e lidamos com todos os contratempos que ocorrem a partir daí, pois a vida nunca é exatamente como planejamos, como projetamos, mas o projeto nos torna ativos nessas vivências onde o indeterminismo prevalece, mesmo que o projeto esteja determinado.
O Desdobramentos é mais um projeto, que demarca um momento e escolhas importantes nessa vida, nesta etapa da vida. Por acreditar em tudo isso, e nesse todo que compartilha esse projeto comigo, criei um vídeo com o intuito de compartilhar isso vocês – o público, os colegas, os amigos, os leitores deste blog -, sendo o vídeo parte do projeto. E o evento, no dia 02 de junho, o primeiro deles, começando a desdobrar: todos convidados!
O NECITRA está entrando em seu quinto ano de atividade. No início, éramos eu e uma equipe de profissionais no entorno da criação do espetáculo “Gestos e Restos”. Ao final do primeiro ano, chegou a Genifer. Logo depois, o Rafael e, na sequência, o Psico. Tivemos a breve participação da Giovana e assim nos encaminhamos para o ano de 2011. O “Coisarada” já estava em processo de criação. Neste ano, juntam-se ao grupo Fernanda, Kalisy e Juliana (que permaneceu até o ano seguinte). Criamos o primeiro “Tubo de Ensaio”, realizado no Dhomba. Em 2012, entram para o núcleo Viviana e Ana Cláudia. E, eu, apresento pela primeira vez “O Inventor de Usamentos”. No mesmo ano, realizamos a 2ª edição do “Tubo de Ensaio”, dessa vez no apartamento da Vivi.
2013: nossa primeira audição inicia os trabalhos do ano. Dentre os que chegaram estão Béthany, Caroline, Gabriel, Fernando, Ludmila, Paola, Pryia e Ramon. E, neste momento, estamos em um novo processo, ou melhor, processos: DESDOBRAMENTOS.
Desdobramentos, palavra que, em resumo, significa desdobrar o processo de fazer obras (obramentos), fazer dos processos individuais um processo coletivo, e do processo coletivo, pontuado em um evento, um fim. Uma sequência de fins que compõe este meio, sem fim. Desdobramentos é, portanto, mais do que um evento em forma de mostra experimental, é a efetivação de projetos de pesquisas do núcleo, da criação de obras, a maioria cênicas, mas também vídeos, esculturas, textos – enfim, desdobramentos.
Dentre os vídeos, estão sendo feitos registros desse(s) processo(s), para compartilhamentos e trocas dessas experiências. No primeiro destes vídeos, que pretendo finalizar nesta semana, explico um pouco mais deste projeto, bem como exponho uma breve apresentação sobre o núcleo, para quem está nos conhecendo agora. Até lá!
Que corpo é esse que sou, e que move, nunca para?
A naturalidade e o prazer que as crianças demonstram ao movimentar-se é pretexto para essa oficina. Por qualquer motivo, ou nenhum, é fácil se por a correr, pular, dançar… E é fácil porque, afinal, o movimento é vital.
Não fosse meu coração bater, meu sangue correr, meu pulmão expandir e meu músculo contrair… Não fosse meu olho piscar, minha boca sorrir e meu nariz fungar… Não fosse tudo isso, eu não seria. Eu viveria?
Perguntar: também isso, de forma peculiar e encantadora, fazem muito bem as crianças. A curiosidade nos impulsiona, é mesmo o que nos coloca em movimento.
Vamos então descobrir e explorar “esse corpo que mexe” em nossas aulas. A partir de uma perspectiva artística, trabalharemos com ritmos, jogos e passos aguçando, assim, nossa criatividade, expressividade e sensibilidade. Vem se mexer com a gente no Azul Anil Espaço de Arte!!!
É nesta sexta e sábado a quinta temporada do meu solo, Gestos e Restos, na capital Porto Alegre. Por isso, feliz em dar sequência a este trabalho, compartilhando ele com o público, convido a todos para me acompanhar, no Teatro do SESC, na Av. Alberto Bins, 665, às 20 horas.
Vocês conhecem a Estrela D’alva? Conversamos mais sobre isso na sexta e no sábado. 😉
Abraço e boa noite!!!