Gostoso poder estar rodeada de pessoas queridas que queiram pensar sobre as coisas que andamos produzindo. Na última reunião que fizemos, além do ar caseiro pairando na atmosfera graças à excelente anfitriã Ana Carolina, discutimos um ponto que me é querido, ao falarmos de criação artística, que é justamente como fazemos o registro dos processos criativos. E entre textos, livros, comentários pautados pelas experiências latentes dos corpos que ali estavam fomos tecendo ideias e fundamentos que determinam as nossas escolhas éticas e políticas como artistas. Ao mesmo tempo em que a discussão pairava no universo das ideias sempre estávamos retomando ao nosso próprio umbigo, a nossas experiências e muitas vezes na falta (também) de registro dentro do Núcleo. Um fim de tarde que nos convida a pensar no registro como algo inerente a prática artística, como uma proposta que potencializa o fazer, como documento histórico, material de reflexão e que deve ser construído pelas mais diversas formas. Obrigada aos presentes por este momento tão relevante e maduro. E para vocês que acompanham este meu breve relato espero em breve poder compartilhar essas formas repletas de textura que emergirão dos corpos criativos que habitam o Necitra.