Ontem, às 19 horas e 30 minutos, entrei em cena, sozinho, com meu acordeon, sobre vários olhos atentos. Sozinho por pouco tempo, até a Genifer vir me atrapalhar, o Psico saltar com sua destreza e a Fernanda adentrar com sua delicadeza. Sozinhos não estávamos, pois ao lado estavam Vivi e Fernando na técnica, mais a produção do festival.
Cena após cena, os olhos atentos estavam ali, nos observando e, tão logo eu afirmei, ainda na primeira cena, “Não se acanhem, podem aplaudir…”, este gesto sonoro se tornou frequente: nas acrobacias, na dança, em cada erro acertado, no malabarismo, nos equilíbrios…
Nem sempre ficamos tão felizes quanto ao “resultado”, ontem ficamos. Essa felicidade tem a ver com a nossa performance, sim, pois a arte circense no mantém no limiar do erro, mas, para mim, o termômetro, o medidor da potência de cada apresentação são esses olhos, combinados com um sorriso, com um gestos, com a atenção. É essa troca.
Obrigado a quem por lá esteve, e a quem conosco está em outros momentos, ou já esteve. E , entre outras coisas – que deixo para contar depois, até o próximo Coisarada.