O primeiro duo acrobático que vi

Em 2002 assisti pela primeira vez um duo de equilíbrios acrobáticos (acrobalance). Fiquei chocado, não entendia como aqueles movimentos eram possíveis, me parecia contra as leis da física.

Buenas, os caras eram estes:

Acontece é que agora, pesquisando alguns vídeos, olha quem eu encontro, alguns anos depois, com menos cabelo, mais rugas e o mesmo número!

Os caras devem ter uns quase 50, to chocado, de novo!  😛

Bola de Contato

Bom… eu, como malabarista, sou um ótimo acrobata! Me meto no máximo à fazer o tradicional “3 bolinhas”… e só! Mas isso não quer dizer que eu não goste de malabares. Pelo contrário! Sou um grande admirador desses artistas! Enfim, hoje vim aqui no blog invadir a área do Diego Esteves e do Rafael Gomes, nossos malabaristas! Espero que eles não se importem com isso! Hehehe!

É que me foi mostrado um vídeo por um amigo e, ao terminar de olhar pensei: isso precisa ser compartilhado lá no blog do grupo! Fiquei fascinado com a habilidade do artista. A bola de contato parece ter vida própria às vezes. Como no número do “Coisarada”, parece ser , em alguns momentos, uma simples bolinha de sabão, flutuando, sozinha, ali no parque!

Além disso, encantou-me ver a sensibilidade do artista ao interagir com o público, mesmo quando não era algo programado, o que é bem mais difícil, né? rsrs

Espero que gostem do vídeo tanto quanto eu!

Grande abraço!

E uma ótima semana para todos!

Malabarismo urbano, objetos cotidianos

Boa tarde de sol em Porto Alegre, passando para deixar mais uma referência.

Assisti esse pessoal no Festival Mundial de Circo, em Belo Horizonte, uns três anos atrás. Vale a pena conferir a pesquisa deles, me agrada muito e é por aí que vou, que vamos, em nossas pesquisas do Tubo de Ensaio que, aliás, terá sua segunda edição em breve.

E, aproveitando para lembrar que hoje tem apresentação de outros franceses, esses aí, no SESC:

Boa tarde! 🙂

Registro da temporada…

Fomos realmente presenteados por três trabalhos incríveis de registro fotográfico, na temporada do ‘Coisarada’, desse final de semana que passou. Queremos agradecer a esses três artistas pelo cuidado e sensibilidade: MUITO OBRIGAD@! Para quem quiser conferir as fotos no Facebook é só clicar nos nomes:

De Viviane Bassols

De Daniel Teixeira

De Robson Ferreira

“Coisarada” no Teatro de Câmara, Porto Alegre

foto: Viviane Bassols

Acabou a curta temporada do espetáculo ‘COISARADA’  no Projeto Noites do Circo, no  Teatro de Câmara. Acabou o terceiro dos encontros com um público que encheu de prazer o nosso apresentar.

Tenho-me cansada. De olhos baixos, sigo para o camarim. Ainda sozinha, muita gente sobre o palco abraça, elogia, mostra sorrisos. Sento-me na cadeira branca e fina como minhas pernas tortas. Findou o dia, os ensaios apertados de agendas espremidas, os refletores enfileirados sobre nossos olhos vibrantes. Findou como suspiro de recém-nascido quando, enfim, resolve adormecer, pela manhã, nos braços de pais cansados pela noite em claro. E lá de dentro agradeço ao universo inteiro por esses encontros – pelo convite do Diego há dois anos para integrar o elenco e a ideia; pelo se aproximar de pessoas queridas; pelo meu resistir em trabalhar em grupo gostando tanto da solidão, mas ainda assim seguindo; pelo aproximar de mais pessoas; por ter tempo para olhar os olhos do público, agora a pouco, cada rosto pousado sobre o teatro em risos. Agradeço em silêncio, coração ainda vibrante enquanto abro lentamente os olhos.

Pela fresta da porta posso ver os abraços que ainda duram sobre o palco. Poucos conheço de Porto Alegre que vieram assistir além dos parceiros de palco e técnica: minha mãe, meu irmão, a mãe da Fê, amigas em comum (duas ou quatro), um senhor da Feirinha Ecológica do Brique que colore minhas manhãs de sábados e… findou-se a lista. Tantos sorrisos em rostos desconhecidos. Tantos abraços de corpos incógnitos. E penso quão sortuda sou neste meu embaralhar de lembranças, de um poder conhecer e trocar por olhares e graça, só.

Certa vez descrevi algo sobre esse meu andar, sobre esses sorrisos compartilhados que povoam minha memória reunindo pessoas de diferentes cidades, Estados, países em um mesmo ponto de encontro dentro de mim. Porque palhaçar não é sorrir junto? Nem do outro, nem só de mim, mas com o outro, de nossas mazelas, do patético que se externaliza em mim e que sinto ecoar dentro de cada um. Agora, deste ‘Canto’ que estou posso ouvir em lembranças as gargalhadas unidas em um só coro, dando sentido ao meu caminhar.

Sorrimos juntos nas três noites, e quão bom foi!  Jogando com o presente, ouvi ao final do terceiro dia comentários como “agora estou pronta para a semana, renovada” ou uma menina que seriamente me disse, ao final subindo no palco: “você é tão atrapalhada, né?! Erra sempre. Mas  quando você erra… (depois de um pensar)… você acerta também, né?!”. Devia ter sete anos a pequena, e constatava, após me abraçar, tal beleza revelada em mente infantil e doce de inocência.

Agradeço aqui a todo o elenco – ao Diego, por insistir; ao Psico, por estar junto; à Fezinha, por permitir que minha atrapalhação ganhasse contraste com sua beleza. À Juliana no som e ao Fernando na luz, dispostos e respirando com a gente, cena após cena. Ao Expinho, companheiro de anos, a percorrer o escuro em busca da melhor imagem. Ao pessoal que se dispôs a fotografar, enchendo-nos de imagens congeladas de momentos únicos. Ao Prego e todo o pessoal do Teatro de Câmara Túlio Piva e à comissão que aprovou o ‘Coisarada’ no Projeto (mesmo sendo única proposta apresentada de circo, foi-me dito: “isso não quer dizer que serão aprovados!”). Obrigado! E, claro, um agradecimento mais do que especial a todo o público que fez-se presente a jogar com a gente! Obrigado, obrigado, obrigado!

Levanto minha bunda magra da cadeira branca e vou tirar a maquiagem. Sigamos em frente, que o espetáculo não pode parar!

Entre temporadas

22:22 e começo a escrever este post. Gosto bem de números repetidos. A temporada do Gestos e Restos iniciou no dia 20 de abril. A temporada do Coisarada finaliza no dia 20 de maio. Um mês de temporada do NECITRA nos teatros de Porto Alegre. 15 apresentações. A primeira, meu solo, ‘Gestos e Restos’, num teatro mantido pelo estado, o Bruno Kiefer. A segunda, o ‘Coisarada’, com Genifer, Fernanda, Psico e eu, no Teatro de Câmara Túlio Piva, mantido pelo município.

Hoje, treino leve no encontro de malabares e música no Largo da Epatur e amanhã sigo em ensaio para as cenas do Coisarada, além da reunião do Colegiado Setorial de Circo, na CCMQ. Gosto muito do ‘entre’, como conceito. E espaço onde acontece muita coisa. A travessia do Guimarães Rosa… Por agora, estou entre as cobertas. 🙂

Boa noite de segunda a todas e todos. Deixo vocês com algumas fotos do ‘Coisarada’ e a lembrança de que esta temporada, de 3 apresentações, 18, 19 e 20, tem entrada franca (senhas uma hora antes).

O último final de semana

Amanhã é sexta-feira. Nas últimas três semanas tenho feito o mesmo percurso nas sextas, sábados e domingos, por volta das 16 horas: da minha casa para a Casa do Mario, de Cultura, no Teatro Bruno Kiefer.

Amanhã é a primeira das três últimas apresentações e, tão logo se acaba esta temporada já iniciaremos mais uma, do espetáculo Coisarada.

Então, uma retrospectiva dos registros dessa temporada e da anterior, de novembro do ano passado:

Começando pelo fim,

Fotos de Danny Bittencourt: http://dannybittencourt.wordpress.com/2012/04/28/gestos-e-restos/

Fotos de Gerson de Oliveira, Fernanda Boertoncello Boff e Tiago Expinho:

Crítica de Rodrigo Monteiro, da temporada de 2011: http://teatropoa.blogspot.com.br/2011/11/gestos-e-restos.html

E a divulgação desta e da temporada do Coisarada, agenda aí.

Até as apresentações, ou até a próxima postagem.

Boa noite!