Enquanto o novo espetáculo não vem

[2016]

 
Um espetáculo Enquanto o novo espetáculo não vem? Ou uma espera? Uma espera em cena?
 
Essa noção de espetáculo, que precisa estar pronto, ou que porque precisa estar bem amarrado entre concepção, cena, sentidos… ou simplesmente porque precisa dar conta dos prazos constantes em edital… qual a precisão de precisar?
O que aqui está, e está sendo, enquanto o novo espetáculo não vem, são movimentos: é querer movimentar o movimento, mover afetos, os corpos, vontades, ideias, processos: o que move o artista, e escorre, o que o leva para fora, e o que atravessa este dentro.
 
 
 
Expor o que ali está, os corpos, o que se tem, o que se é, no momento.
Enquanto o novo espetáculo não vem é a criação de um território, uma obra tal qual uma exposição de quadros singulares, que não precisam de uma ligação entre si, ainda que sob uma mesma exposição e ainda que, no processo criativo e pesquisa do artista, converjam diversas linhas e pontos: na concepção, seus conceitos, afetos e/ou movimentos resultantes e insurgentes.
 
 
 
Processo como potência, como manifestação mais intensa da arte. Enquanto o novo espetáculo não vem é um exercício de desapego com a forma acabada e um investimento no movimento – formas em ação. É não querer ficar pronto, mesmo que estando sempre preparado, disposto. Movimento. Uma obra, uma dobra, sempre outro.
 
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Concepção, direção e atuação: Diego Esteves
Trilha sonora: Bruno Angelo
Operação de luz: Fernanda Boff
Operação de som: Wagner Goulart
Operação projeção: Fabricio SorticaRegistros em vídeo: Martha Reichel Reis
Edição de vídeo: Diego Esteves
Fotos: Stephanny Lotus e Joseane Bertoncello
 
Realização Canto – Cultura e Arte | NECITRA
 

 

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