Existe muita diferença entre ser sério e ter seriedade.
Logo mais, no início da semana, estaremos postando na rede um novo vídeo. Já existe uma versão no youtube, mas somente pode ser acessada pelos integrantes da Canto, como forma de opinarem sobre a edição final, feita por mim.
Buenas, entramos num diálogo sobre deixar ou não algumas cenas, onde o elenco aparece brincando, numa postura mais descontraída. Como por exemplo, no momento em que o Juliano imita a Kalisy, que por estar viajando no feriado, não pode participar do vídeo.
O motivo desse cuidado, seria mostrar uma postura mais séria para quem assistir ao vídeo – ou até mesmo fazer dele algo mais sóbrio e explicativo. Porque? Por nos inserirmos num mercado cultural, por querer “vender” o trabalho, por querer ter público e defender que sim, somos artistas, circenses, bailarinos e atores mas, somos sérios. E esse “mas” denuncia o auto-preconceito – mas já estou ampliando o debate, trazendo para um senso comum, que não foi apontado em nossa discussão inicial. Mesmo assim, corremos o risco de, mesmo acreditando no nosso trabalho, querer dar uma pitada de seriedade. Opa: seriedade?
Fizemos um vídeo de boa qualidade, com técnicas de cena apuradas, fruto de muito treino, temos logomarcas – tanto dos grupos, quanto dos projetos – temos concepção, produção, agenda…. O que mais precisamos para ser sérios? Ah sim, brincar menos, fazer menos trocadilhos, ou paródias, ou substituir a Kalisy que esta viajando – quando se fez isso com carinho, uma forma feliz de trazer ela para o vídeo.
Enfim, temos sim seriedade, muita. Nos dedicamos, todos, e fizemos arte de uma forma comprometida. E fizemos com alegria, sorrindo e brincando – mesmo que por vezes não seja tudo tão colorido…
Portanto, não somos sérios. Mas as vezes, inevitavelmente, temos que ser…
E sempre que dá, quase sempre, seguimos alegres e brincantes, com toda a seriedade que ser contente precisa e merece.