Processando Cinesiocoreografia

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Cinesiocoreografia: uma pesquisa de movimento em construção de uma cena. Processo inicial de um projeto antigo. Inicial em seu caráter prático. A ideia surgiu por volta de 2010, a partir do interesse pela cinesiologia (da minha graduação em educação física – 2002/2006), ciência que estuda o movimento do corpo humano. Princípios do corpo em movimento colocados em prática, em composições coreográficas. A pesquisa e criação só tomam início de fato agora, em 2016, como outras ideias que ficam/estão engavetas, muito embora essa pauta das possibilidades de movimentos perpassam minha prática cotidiana.

Não é a toa que essa proposta entra em cena amanhã, dia 20 de maio, na Mostra de Processos do NECITRA. Tenho projetado um novo espetáculo, atravessado pelo conceito de morte e permeado, entre outros temas, pela noção de controle.

 

Normalmente, considero três pontos para a criação de uma nova obra: conceito/motivo, desafio técnico-criativo e a relação com o público.diego0041

 

Do conceito, a morte e desdobramentos: ciclos (inicio, fim e continuidade), o inacabado e a emergência, o fora e o controle – controlar e não controlar – descontrolar, fluxos.

 

O conceito é a base, é o plano de fundo, mas também o conteúdo – intuitivo, subjetivo, abstrato, um dispositivo, potência em pensamento-ação. A cena/coreografia, neste caso, e a relação com a plateia (recepção), são as manifestação físicas, concretização a partir do conceito desdobrado por métodos/escolhas num todo mais ou menos coeso, pois também poroso.

 

Sobre a pesquisa e o desafio ao artista: centramento no domínio do movimento. Em termos de treinamento/criação coreográfica: controlar contrações e segmentações. Mas também se colocar em condições onde o controle escapa, transborda, contra movimentos espontâneos.

 

diego0020Da relação com o público, e ainda tendo o controle como pauta: quebrar com a lógica com a expectativa. Não deixar o olhar e a percepção se acomodarem, ainda que se promova um tempo contemplativo.

 

Um primeiro experimento. E experimentar é sempre flertar com o (des)controle. Não me considero pronto, sou inacabado, mas estou preparado – é preciso estar preparado, pronto não.

 

“Cinesiocoreografia” – Diego Esteves

Um estudo de movimentos com ênfase nas contrações musculares, com ou sem movimentos articulares. A cena apresenta uma coreografia que parte das possibilidades de movimentos do corpo, tendo como início contrações estáticas, passando pelas resultantes da respiração, ampliando para as possibilidades articulares, fluxos de movimento, ritmos, variações de estado e equilíbrios. Processo parte de uma pesquisa maior do artista, sobre o conceito de morte, e entre alguns temas correlatos, sobre o controle – aqui, do domínio do movimento, e do que escapa, transborda, ou mesmo vem de fora, deste eu-corpo.

 

Evento:

Mostra de processos NECITRA

Canto 400 – sala 400 da Usina do Gasômetro

20/05, sexta-feira, 20 horas

Resultado final Processo Seletivo NECITRA 2016

Prezad@s inscrit@s,

Agradecemos a tod@s pelo interesse e participação em nosso Processo Seletivo de 2016. Segue abaixo a lista final d@s selecionad@s:

Adriano Soares

Carollini Arpino

Cristiano Morales

Gabriel Cabezas

João Gabriel de Queiroz

Natália Bandeira

Tuanny dos Santos

Wagner Goulart

 

Workshop Hip Hop e Stiletto Dance

WorkShop 2em1 – Hip Hop e Stiletto Dance

Nesse Workshop vamos trabalhar as duas modalidades de Dança, buscando uma harmonia entre elas. Esse evento vai se tornar uma oficina permanente semanal, onde poderemos experimentar mais possibilidades de movimentações. Vamos unir o Hip Hop Free Style com o mundo do Salto Alto, o Stiletto Dance.
Workshop Carol

Workshop de Malabarismo de Contato

Neste WorkShop serão trabalhados os conceitos básicos do malabarismo de contato, pontos fixos, rolamentos, equilíbrios e ilusionismo. Além disso, um dos objetivos é inserir esses conceitos em uma célula de movimentação improvisada. Perfeito para malabaristas iniciantes, bailarinos, atores e qualquer pessoa que se interesse por essa singular forma de arte. O WorkShop tem duas horas de duração e proporciona ao participante a capacidade de desfrutar da beleza da prática do malabarismo de contato.

Workshop Ramon

Workshop de Dança de Salão Queer

A professora Paola Vasconcelos vem desenvolvendo essa oficina desde o começo do ano passado. A proposta está pautada no diálogo entre os corpos e principalmente no desprendimento dos padrões heteronormativos, muito presentes na prática da dança de salão como um todo. Aqui pode, e deve, dançar homem com homem e mulher com mulher. Ficou interessado? Vem! Ficou curioso? vem também!

Workshop Paola

Desdobramentos – 10ª (e última) edição

O fim é necessário para que existam outros começos…

A ultimíssima edição do DESDOBRAMENTOS já tem data! Então não perde a única chance que tem de estar com a gente nesse super projeto-evento-mostra-espetáculo-festa pela última vez. A apresentação vai acontecer no dia 21/11, às 20h, no Canto 400 (sala 400 da Usina do Gasômetro) – ingressos a R$20 (inteira) e R$10 (meia). Programação logo abaixo:

  1. Irmãs vermelhas, de Paola Vasconcelos e Béthany Martínez
  2. Diaboloking, de Ramon Ortiz
  3. Noivas, de Fernanda Boff, Paola Vasconcelos e Caroline Mendes
  4. Trans, forma e ação, de Diego Esteves
  5. Pro-por-ação, de Gabriel Martins e Paola Vasconcelos
  6. Enllace de ellas, de Caroline Mendes e Paola Vasconcelos
  7. Jogo do banco (jogo de improviso)
  8. Entre nós, de Ramon Ortiz e Caroline Mendes
  9. Jogo de Transportar – coreografia, de Diego Esteves e Fernanda Boff

collage

Mostra de Processos – Outubro

Mais três trabalhos do NECITRA em processo vão para a cena com o intuito de promover diálogo entre artistas e público. Saiba mais o que será apresentado:

Diego Esteves reapresentará a cena “Era uma vez: Ana…” e um novo experimento, “Era uma vez: Luana…”. Qualquer semelhança não é mera coincidência: as duas cenas tem como tema os relacionamentos amorosos, ressaltando os exageros dessas relações – desejo, paixão, apego, liberdade, recusa, dor, falta, desejo… O que na vida ganha um ar serio e emoções intensas, no palco é vivenciado com humor, quando percebe-se as contradições e paradoxos dos nossos relacionamentos, com os outros e consigo mesmo.

“Como se move um corpo que não se move?” – de Patricia Nardelli

Trata da investigação dos efeitos da imobilidade como forma de buscar acessar o corpo nos processos decorrentes da sua mortalidade. Para tanto, o corpo se submete a um período de resistência ativa aos impulsos de movimento, voltando a atenção para os incômodos gerados durante o transcorrer da experiência. Dessa forma, os incômodos físicos e o estado de consciência atingido servem como guias para a movimentação, possibilitando a descoberta de um novo corpo e de suas possibilidades de movimento.

“Pequena Parte” – de Fernanda Boff

Em meio a recordações, registros por escrito, em vídeo e histórias contadas, a artista visita sua infância na busca de redescobrir seu eu-arteiro e suas reverberações. Em uma época que brincar/artistar a vida é basicamente estar e se relacionar com o mundo, como as memórias e registros de criança podem servir de alimento para essa arte que agora é profissão? – Esse laboratório faz parte do projeto “Pequenices”, contemplado pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança 2014.

Mostra de Processos

Canto 400 – Programação Outubro/2015

Todo mês, nosso Canto 400 fica cheinho de atividades bacanas para vocês… Com preços super acessíveis e um final de semana todo gratuito. Em outubro, as oficinas de sábado serão direcionadas para a criançada, a partir do dia 10. Confere aí tudo que vai rolar. Para maiores informações e para realizar inscrição entre em contato através do e-mail: necitra@canto.art.br

Quem escolher mais de uma oficina tem desconto!

Programação outubro

Mostra de Processos – Setembro

O NECITRA leva para a cena alguns trabalhos ainda em processo, propondo bate-papo ao final das apresentações. O intuito é de promover maiores trocas com o público. A entrada é franca! Confira a programação dessa próxima Mostra:
Gostas de Crystal

“Gotas de Cristal”, de Carol Mendes e Ramon Ortiz

Além do malabarismo de contato, os artistas trabalham em seu duo técnicas de Dança Contemporânea e da Dança Tribal. O número explora a ideia do “ritual” como manifestação cênica potente no cotidiano da sociedade, são diversas as culturas que tem como tradição a utilização de objetos em equilíbrio, principalmente no topo da cabeça, como espadas, vasos, copos… Um ritual contemporâneo similar é o número  que agrega a noção atual da vida nas urbes.  Como o malabarismo se insere nesse conceito amplo de “ritual” e como transformar essa prática em um momento cênico de apreciação, contemplação e interação com o público, são as questões que permeiam esse processo de criação.

“Encontro entre corpos”, de Diego Esteves

Na próxima Mostra de Processos,  Diego Esteves compartilha com o público seu itinerário artístico – seu encontro com o circo, a dança e o teatro. Pesquisas e criações que se iniciaram em 2002, tendo como um dos pontos de convergência, e que será o tema desta apresentação, a relação com os objetos e as possibilidades de composição com o malabarismo, dança contemporânea e teatro de objetos. O público poderá ver fragmentos de cenas dos espetáculos “Gestos e Restos” e o “Inventor de Usamentos”, e também cenas “avulsas” como “Trans, forma e ação” e “Era uma vez: Ana…” Existem pontos em comum nesse processo, que traçam um percurso transversal. “Encontro entre Corpos” é a abordagem que busca dar conta dessas relações, e é disso que se trata essa apresentação. Todos e todas convidados para esse encontro.

Mostra de processos

Fotografia: Martha Reichel Reus