50 Tons de movimento

Nessa pesquisa, o interprete se coloca disponível para o público criar uma sequencia coreográfica. Essa obra tem como objetivo colecionar 50 movimentos, representando a passagem de cada espectador. O espectador está convidado a ensinar ao interprete um movimento. A forma de ensino fica a critério do criador. Podem ser utilizadas sugestões, metáforas, clichês, ideias ou ensinar corporalmente o movimento. Depois que o artista aprender, deve-se colocar a descrição do movimento na tabela posicionada em frente a obra.

Nessa edição, a ordem das palavras pode ser mudada, criando assim uma nova sequencia a cada movimento novo.

Tragam suas ideias de movimento, de preferencia com bastante desafio!!! = )

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Grande abraço!!!

Fernando Faleiro

caçar&comer

 

Estava pensando quando foi que eu comecei a me interessar sobre os assuntos relacionados a sexualidade, gênero, rua e principalmente prostituição. Estava convicta de que havia sido no ano passado em Amsterdam, na Red Light, mas não. Foi muito antes, com as personagens Malena (Monica Bellucci), de Giuseppe Tornatore, com a Cabíria (Giulietta Masina), de Federico Fellini, com a Geni – a do zeppelin – do Chico Buarque e com algumas personagens da vida real.

O assunto prostituição estava tomando tamanha importância que, de tanto falar sobre, ganhei o livro Devir Puta, escrito por José Miguel Nieto Olivar e a partir dessa leitura resolvi que queria levar de alguma forma esse assunto para a cena. Falar das prostitutas e de sua profissão – ainda não legalizada no nosso país.

Essa pesquisa cênica intitulada Caçar e Comer – dirigida por mim – está recém engatinhando, e junto comigo está a minha parceira de cena Carol Mendes assinando a coreografia e a Jacqueline Pinzon na orientação cênica.

Foto1: Iassanã Martins Foto2: Yamini Benites

Dias de Chuva…

Poderia falar sobre o tempo,

sobre a chuva,

sobre os dias que me passam como vento,

sobre o som … sobre o som dos pingos da chuva no telhado

sobre trovões que me acordam na madrugada anunciando que o tempo lá fora muda,

molhando as roupas no varal…

Poderia falar sobre as janelas,

abertas ou fechadas,

sobre sapatos nas janelas

sobre pés molhados,

descalços…sapatos

sobre guarda-chuvas,

sobre guarda-chuvas perdidos, esquecidos… ou abandonados.

Poderia falar sobre a minha vida ou sobre a sua.

Projeto “Dias de chuva…” propõem uma reflexão sobre o cotidiano, como os ciclos da natureza interfere nas nossas vidas, como estamos ligados ao todo. A pesquisa se iniciou a mais ou menos 2 anos com alguns experimentos em apresentações, em seguida foi abandonada .Agora retomada junto ao núcleo de estudos NECITRA, apresentado por Karine Rico, com a colaboração de Braunny Lopez e Lidiane Santiago. Mescla expressão corporal com técnica de malabarismo, manipulação de objetos, jogando com elementos clássicos do circo e inusitados como no caso um guarda-chuva.

Assim vai se desdobrando aos poucos, agora nesta próxima edição do DESDOBRAMENTOS.

10414610_685553354834798_4559927017386322804_nFotografia: Yamini Benites

 

 

 

Os movimentos e as emoções

Os movimentos e as emoções

Mapa das emoções relaciona áreas do corpo com cada emoção

Pesquisadores finlandeses criaram o primeiro mapa que aponta em que lugar do corpo as emoções humanas se manifestam.

Cada emoção parece despertar reações em diferentes áreas do corpo, independentemente do fato de as pessoas terem culturas diferentes.

“As emoções não ajustam apenas a nossa saúde mental, mas também nossos estados corporais. Desta forma, nos preparam para reagir rapidamente frente aos perigos, mas também diante de qualquer oportunidade que o ambiente nos ofereça, como uma interação social prazerosa”, disse Lauri Nummenmaa, da Universidade de Aalto.

Colorindo as emoções

Para o estudo, os cientistas realizaram cinco experimentos com 701 pessoas.

Os voluntários deveriam localizar em que lugar sentiam o efeito de uma série de emoções básicas como raiva, medo, nojo, felicidade, tristeza ou surpresa, e outras mais complexas como ansiedade, amor, depressão, desprezo, orgulho, vergonha e inveja.

Os participantes tinham que colorir em uma figura humana as zonas que se ativavam mais ou menos enquanto ouviam as palavras que designam cada uma destas emoções.

O vermelho era usado para marcar as áreas de maior atividade e o azul, as com menos sensações.

Os cientistas então observaram uma grande coincidência, acima de 70%, das áreas coloridas.

Para garantir que estes mapas não dependiam da cultura ou idioma dos voluntários, os cientistas repetiram os exercícios em três grupos com nacionalidade diferentes: finlandeses, suecos e taiwaneses.

Mesmo assim as coincidências foram observadas, levando à conclusão de que as respostas físicas às emoções podem ser universais.

Amor e alegria

Segundo o mapa das emoções, as duas emoções que causam uma reação corporal mais intensa e em todo o corpo são o amor e a alegria.

Também é possível ver que, no geral, todas as emoções básicas ativam sensações na parte superior do corpo, onde estão os órgãos vitais e, principalmente, na cabeça.

“Observar a topografia das sensações corporais disparadas pelas emoções permite criar uma ferramenta única para a investigação das emoções e pode até oferecer indicadores biológicos de transtornos emocionais,” afirmaram os cientistas em seu estudo.

Variação 1

 

Eu - variação 1
Crédito fotos: Yamini Benites

Na ausência de Mestres é o título da pesquisa que propus compartilhar com o núcleo e o público nesta 5ª edição do Desdobramentos. A ideia central surgiu durante a Mostra de Dança Rumos Itaú Cultural, quando assisti um trabalho onde a bailarina repetia muito em sua fala a relação com seus mestres, na sua formação e para o trabalho que apresentava ao público.

Com essa pesquisa pretendo encontrar a dança que transita por mim, dos movimentos (ou maneiras de se movimentar) que me apropriei durante os anos, e na busca por outros que me afetam nas pesquisas que tenho feito, em coisas que tenho visto. Não significa que esse processo esteja ausente de influências, e de mestres, como refere o título, mas relativiza os discursos que validam A Dança, sob a tutela Do Mestre, e busca uma abordagem que, sem negar tantas influências, encontre uma forma de ser entre elas.

Assim como Mario Quintana, tenho saudade das ruas por onde nunca andei, mas também das danças que nunca dancei.

Com essa abordagem, me projeto em direção ao passado, trazendo movimentos do Taekwondo, arte marcial que pratiquei por quinze ano, por exemplo, e ao futuro, em direção aos movimentos que quero que sejam do meu corpo também.Eu - variação 1 - 2

Para o que me cabe agora, no início deste processo, sistematizei uma cena  sob o título “Variação 1”. Ela será apresentada junto a projeções de vídeos captados em improvisos e repetições de células criadas durante o ensaio.

Essa pesquisa, de certa maneira, se iniciou no Grupo Experimental de Dança, quando em 2010, criei o solo “Variações sobre o equilíbrio”. Abaixo segue o vídeo deste e de trabalhos que tem me influenciado.

 

Despertando

Despertando

Como as emoções movem você?
Como um aroma, gosto, som ou toque pode mover seu corpo, sua alma e a tua imaginação.
Pesquisa de movimento partindo de estímulos sensoriais.

Saiba mais aqui
Direção: Lidiane Santiago
em cena: Brauny Lopes e Juliana Werner
Pitacos: Fernanda Bertoncello
Apoio: Paola Vasconcelos

Estudo sobre Libertação – Parte II

Juliana Werner

Como falar do indizível? Como se libertar de situações que nos sufocam e nos aprisionam? Como romper com situações em que nós mesmos nos colocamos? Como dançar quando tudo o que queremos é fugir da vida? Como não dançar quando ali se encerra toda a vida que temos?

Estudo sobre a Libertação – Parte II encerra uma etapa. Ou talvez a inicie…  O solo que finaliza o processo de residência no NECITRA, surge da necessidade de me entender em um novo ciclo de vida. O término de uma relação de dez anos. O retorno para Porto Alegre, cidade natal que abriga boa parte dos meus maiores afetos. Uma busca por saber quem sou ao me desprender de uma relação que definia boa parte de quem fui e das escolhas que fiz.

Libertar-se é o mote da pesquisa que será apresentada nos dias 07 e 08 de Junho a partir das 19h, na Casa Cultural Tony Petzhold.

Programação Desdobramentos – 5ª edição

 

Confira a programação completa desta edição!

PARTE 01 | às 19h
A audiência é convidada a uma viagem sensorial entre os diferentes espaços, internos e externos, da Casa Cultural Tony Petzhold. O público poderá experienciar a convivência simultânea entre artistas e espectadores, sem uma divisão rígida entre palco e plateia. Nesse momento serão apresentados os seguintes trabalhos:

“50 tons de movimento” – Fernando Faleiro | Local: Entrada da Casa
“Zapping, Instantâneos do Corpo- Mini espetáculo para não-atores” – Jacqueline Pinzon e Nayara Brito | Local: Sala Luiz Petzhold | Saiba mais aqui
“Keramikós” – Ana Carolina Klacewicz, Fernanda Boff e Paola Vasconcelos | Local: Atelier do Porão
“Caçar e Comer” – Iassanã Martins e Carol Mendes | Local: Jardim
“Despertando” – Lidiane Santiago, Braunny Lopez e Juliana Werner | Local: Sala Walter Arias | Saiba mais aqui

PARTE 02 | às 20h
Se trata de ampliar as possibilidades da relação palco/plateia com a apresentação de diferentes cenas, independentes e articuladas, no espaço do Teatro Olga Reverbel. As pesquisas que estarão em cena, dessa vez, são:

“EntreNós” – Carol Mendes e Ramon Ortiz | Saiba mais aqui
“Caminho convergente, GrauZero” – Gabriel Martins
“Dia de chuva…” – Karine Rico
“Tudo que vai, volta.” – Fernanda Boff | Saiba mais aqui
“Estudo sobre a libertação – Parte II”– Juliana Werner | Saiba mais aqui
“Ou e se…” – mediado por Fernando Faleiro, com sorteio dos participantes
“Corpos e Objetos – um diálogo constante” – Paola Vasconcelos e Gabriel Martins | Saiba mais aqui
“Entre corpo” | parte do projeto Corpos que videodançam – Julia Ludke
“Variação 1” – Diego Esteves
“Ensueño” – Braunny Lopez

PARTE 03 | às 21h15
Festa de comemoração dos cinco anos de NECITRA! A discotecagem fica por conta de Pedro Menezes Neves!

Quando? Dias 07 e 08 de junho
Onde? Na Casa Cultural Tony Petzhold (Av. Cristóvão Colombo, 400)
Quanto? R$20,00 (50% de desconto para estudantes, idosos e classe artística)