Amanhã, o segundo final de semana da temporada do Gestos e Restos na CCMQ

Mais uma vez, aos amigos, amigos de amigos, e inimigos de qualquer um. Todos convidados!

Depois do primeiro final de semana da temporada, sempre importante para sacudir a poeira das cenas e equipamentos, retomando assim o ritmo do trabalho, chegamos com tudo para a segunda semana. Com tudo: gana, vontade, motivação, um pouco de cansaço e mais gana, vontade e motivação. Acima de tudo, o Gestos e Restos é um trabalho que vai muito além de mim mesmo, e do NECITRA, espaço por onde ele se desenvolveu. Teve a influência de muitas outras pessoas, e é uma obra que trata de temas comuns a todos nós – inclusive ao próprio trabalho que precisa lidar com estas questões: o tempo, a repetição, os vícios, as fragilidades, etc…

Mais do que isso, só vendo. 😉

Algumas fotos então do Gerson de Oliveira, na passagem de palco do primeiro dia e da Fernanda Bertoncello Boff, na apresentação do terceiro dia. E ao final o link com os albuns…

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150761805073050.428096.776003049&type=1

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.343944622329008.77705.108890735834399&type=3

Retrospectiva 2011: Dia das Crianças em Bento Gonçalves

No dia 12 de outubro de 2011 estávamos lá em Bento Gonçalves para comemorar o Dia das Crianças com os solos da Genifer – “Mundo Miúdo” e “Gringa Errante” – e o espetáculo “Coisarada” – comigo, com o Diego, a Genifer e o Psico.

Apresentamos na Praça Ismar Scussel, logo em frente à Fundação Casa das Artes e a criançada foi em peso para prestigiar… Uma delícia!!!

Para conferir mais fotos acesse: leouve

Temporada do Gestos e Restos estreia hoje!!

Amigos, amigas, amigos de amigos e inimigos de qualquer um,

Hoje, dia 20, às 20 horas, estreia a temporada do meu solo, o Gestos e Restos. É o trabalho que se desenvolveu junto com a criação do núcleo, e anda, pouco a pouco, amadurecendo. Não vou escrever muito, pois a escrita, esta com pressa, tem um algo de gesto: um que prima pela eficiência (neste caso, para comunicar). Os restos, o que se daria por uma escrita mais atenta, calma, e talvez até descomprometida, não cabe a esta hora de corpo inteiro cansado – corpo que cria, ensaia, treina e leva a kombi para o conserto. Deixo então algo de resto para o olhar de quem olha, por cá o vídeo nosso, promocional da temporada e, quiça, por lá, no teatro. Todos convidados a compartilhar mais um pouco da história deste núcleo, que de resto em resto, pelos cantos, cria uma composição de ser – de autonomias individuais, comprometidas com construções coletivas. Já disse alguém quando alguém pisou na lua: um pequeno passo para um homem, mas um grande passo para um coletivo! Ou algo genérico.

Sono. :o)

Quiça, até lá!!!

p.s: assista o vídeo em alta qualidade.

 

Vivências circenses na festa de aniversário do Diário Gaúcho

Boa noite!

Passagem rápida pelo blog para avisar do nosso próximo evento, no aniversário do Diário Gaúcho, em parceria com o SESC. Estaremos das 12 às 17 hrs, no Parque Marinha do Brasil, com vivências em malabarismo, acrobacia de solo e equilíbrios acrobáticos. É só chegar por lá e procurar pela Dona Sofia, nossa kombi, que também estará presente, e pelo elenco: Genifer Gerhardt, Fernanda Boff, Rafael Gomes, Juliana Rutkowski, Kalisy Cabeda e eu.

Mas é claro que o evento é muito mais do que isso, então confere aí: http://wp.clicrbs.com.br/aniversario/?topo=52,1,1,,186,e186

E pra deixar um gostinho do que se passa, segue algumas fotos de uma das vivências, esta no SESC Campestre, ainda em 2011.

Ah, aproveitando para lembrar que na próxima sexta, dia 20 de abril, inicia a temporada do meu solo, Gestos e Restos.

Abraço e até a próxima postagem!

Coincidências…

Olhem só o vídeo que encontrei hoje! Achei muito legal pela proximidade com o meu número de handbalance (bengalas).

Claro, com suas diferenças, mas a proposta a proposta de jogar capoeira, interagindo com um outro objeto está presente! Achei legal também por alguns movimentos que se repetem tanto no vídeo quanto na minha apresentação. No vídeo também tirei novas idéias, que de repente irei aproveitar de alguma forma na minha pesquisa.

Como meu número está em uma pesquisa permanente e em constante mudança, sempre é bom encontrar vídeo como esse, onde só de olhar já brotam algumas idéias!

Bom, vim só compartilhar isso com vocês mesmo!

Abaixo, vídeo do Mestre Xuxo jogando com uma cadeira e vídeo com meu número (embora ele já esteja um pouco diferente do que está no vídeo…).

Grande abraço pessoal!
Fiquem com Deus!

Até a próxima!

Oficina de Atividades Circenses no evento da Moderna Idade

Ãhn? Oficina de Atividades Circenses para a terceira idade?

É, pode até parecer estranho num primeiro pensamento, mas é isso mesmo. Estávamos lá, NECITRA, no evento da Moderna Idade, a pedido deles, participantes. Bom, pelo menos da maioria deles, que já nos conhecia da Convenção da Maturidade Ativa SESC RS.

O evento, que ocorreu nos dias 30 e 31 de março lá na PUCRS, contou com uma programação bem intensa: palestras, apresentações, oficinas (de dança, ginástica cerebral, artesanato, ginástica chinesa… nós!), estandes de massagem, outros que mediam a pressão, o diabetes…

“Mas, tá, e essa atividade circense aí, como é que faz? Porque eu não posso fazer coisas muito difíceis.” – diziam, principalmente aqueles que ainda não conheciam nosso trabalho. Os mesmos que, depois da prática, já se diziam artistas do circo. Ah, mas é aí, aí nessas falas, nessa atitude, ou mesmo no olhar de alguns outros, que eu vejo o encontro acontecer. Se ler de novo, prestar atenção, pensar um pouco, se nota: visões e percepções foram modificadas. Do que é o circo, do que é ser artista, do que se é capaz de fazer, de como o corpo responde a novas informações, processa e (re)inventa… (Re)inventa a vida.

“E como eles (idosos) tem a nos oferecer.” – diz a Geni. Sim, é incrível, apavorante às vezes. Mas, sabe, acho que tem muito dessas pessoas que buscam continuar vivendo pra valer. Quando eu for velhinha, quero ser assim…

Após o 38º ENAPEF…

Passados três dias em Tramandaí, mais três dias em Porto Alegre, e então me sento para escrever.

Em resumo, os últimos seis dias passei da seguinte forma: quinta pela manhã, deixei o material para o evento Moderna Idade, na PUC (onde ministramos vivências circenses para a 3º Idade, na sexta e sábado), e pela tarde tomei o ônibus para Tramandaí. Nesta noite, e nos dias seguintes, até sábado, estive no 38º ENAPEF, ministrando o curso As Técnicas Circenses e a Educação Física, e acompanhando as outras atividades. No domingo, retornei a Porto Alegre, com outros professores que seguiram para São Paulo. No mesmo domingo, pela tarde, participei do Donna Fashion, auxiliando a Palitolina em sua tentativa de desfile. Ontem, passei o dia trabalhando em produções e hoje, consultando um médico para descobrir o motivo da dor abdominal, minha fiel companheira de meses, e também ensaiando. Agora cá estou, tentando por os pensamentos em ordem e deixar por aqui o que mais importa. Eis então a questão: mas e o que é que mais importa?

O que importa, no sentido de importante, é o que importamos para dentro, no sentido de guardar conosco. Importante explicação sobre o importar, que aprendi com Mário Sérgio Cortella. E o que então, eu tenho importado?

Tenho importado, aos poucos, pacientemente, a paciência. A aceitação de que não importa quanto eu me importe com a pressa: o tempo tem o seu tempo! Tenho importado que apesar da espera ser necessária, eu posso esperar parado, ou posso esperar em movimento. Tenho aprendido a importância de saber esperar ativo e paciente. Tenho importado os paradoxos da vida. Tenho importado o conviver com os outros, tantos outros, tantos diferentes. Medido a minha intenção, as minhas projeções no trabalho coletivo, com os quereres e as iniciativas dos demais. Importando atento os comportamentos, aprendendo a dialogar com a vida e com os que nela estão. Porque talvez o que mais importe seja justamente esses encontros, e esses que passam, caminham conosco, independente do tempo, mas com aceitação e intensidade. Aceitação, o que mais tenho tentado importar, provavelmente.

Importa-me muita a família, claro, que mais ou menos distante me acompanha, devido a agenda corrida. Importa os que dividem comigo as ideias, as vontades e as ações da Canto e NECITRA. Os que dividem comigo o dia a dia, o meu bom humor, o meu mau humor. Importa dividir, compartilhar.

Encontrar, dividir, compartilhar e então importar, carregar para dentro do corpo. Optei por escolher um caminho de arte e de educação. De criar e pensar como compartilhar esses processos, promovendo encontros, para talvez criar momentos importantes, no sentido de que estes, que dividiram momentos comigo, possam importar algo desta convivência, mesmo que curta.

Assim, foi, para mim, os três dias que passei no ENAPEF.

Durante um bate-papo, no último dia, falei do significado da Alegria, em Espinoza, como a potencialização do ser. E foi assim que retornei para Porto Alegre, mais alegre, potencializado. Espero que tenha promovido momentos importantes para os colegas educadores físicos que conviveram comigo nestes dias de curso, tanto quanto à mim foi demais importante a aceitação e a motivação com que me receberam neste curso. Ao que sou muito grato.